A vida com hipercolesterolemia familiar

A vida com hipercolesterolemia familiar

“Meu nome é Kathleen e, no ano passado, aos 54 anos de idade, minha vida mudou dramaticamente. Eu estava na minha caminhada de diária, de aproximadamente 6 km, junto com o meu cão, quando tive uma sensação esquisita subindo pelo meu peito e pescoço. A sensação não era muito dolorosa, mas chamou minha atenção e eu sabia que algo estava errado”.

“Eu então decidi, apenas por segurança, ir até um Pronto Socorro. Depois de vários exames, um dos médicos supôs que eu tivesse algum problema com um nervo do pescoço, pois eu era magra, estava fisicamente em forma, e ele quis mandar-me de volta para casa”.

“Mas, um dos plantonistas revisou minha história familiar de hipercolesterolemia familiar (HF), e sugeriu que eu ficasse em observação durante a noite, devido à possibilidade de se tratar de um infarto do miocárdio (IM)”.

“Nas horas seguintes, ficou claro que eu estava tendo um pequeno IM, que, dias mais tarde, resultou numa cirurgia de 4 derivações coronárias em artérias com graves obstruções, o que foi incrivelmente angustiante para mim, para o meu marido e para minhas duas filhas”.

“Na recuperação, eu atentei para os seguintes fatos: meu avô materno, Floyd, morreu de um IM aos 30 anos de idade, e seu irmão morreu aos 32 anos de idade também de um IM. O médico de minha mãe disse a ela que ela carregava uma bomba relógio, em virtude dos altos níveis sanguíneos de colesterol que ela tinha”.

“Eu me lembro de que, quando tinha cinco anos de idade, minha mãe levou-me para fazer exame de sangue, mas eu era muito jovem para entender porque. Mais tarde, descobri que eu tinha herdado a HF, como ela herdou do pai dela e como eu passei para uma das minhas filhas. É importante saber que a HF atinge famílias, e que cada filho(a) tem probabilidade de 50% de ter HF. Se você tiver HF, isto significa que você tem altos níveis sanguíneos de colesterol desde o nascimento”.

“Eu achei que eu estava segura, pelo fato da minha mãe ter 78 anos de idade e de nunca ter tido um IM. Embora os nossos números de colesterol fossem muito parecidos, nossas evoluções foram completamente diferentes. A HF requer tratamento precoce e agressivo”.

“Eu tomei estatinas durante mais de 15 anos, mas infelizmente isto não baixou os meus níveis sanguíneos de LDL-colesterol o suficiente, e eu tive que trabalhar junto com meus médicos para encontrar opções adicionais; eu passei por aférese de LDLs e, atualmente, tomo um inibidor PCSK9. Os resultados são muito bons e eu espero que isto ajude a prolongar a minha vida”.

“Esta experiência deixou-me apaixonada por elevar a consciência sobre a HF e a importância de um tratamento precoce e agressivo”.

“Achar a FH Foundation permitiu-me achar respostas para muitas perguntas, após eu ter tido meu IM. Isto permitiu que eu conectasse com outras pessoas com HF de todo o mundo”.

“Eu espero que minha história possa inspirar outros com HF a descobrir médicos ou lipidologistas, e buscar um tratamento adequado e agressivo”.

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Se você tiver colesterol LDL acima de 210 mg/dl e membros em sua família com infarto do miocárdio em idade inferior a 45 anos, entre em contato com o InCor pelo e-mail hipercolbrasil@incor.usp.br, enviando como anexo uma cópia ou foto do seu exame de colesterol junto com um número para contato telefônico. A Equipe do Hipercol Brasil entrará em contato com você!

Além do Hipercol Brasil, também a UNIFESP faz diagnóstico genético da HF: Endereço: Rua Loefgren, 1350. CEP - 04040-010. Fone: 11-55764961. E-mail para marcar coleta: waleria.toledo@gmail.com

Continue visitando o nosso site para aprender mais sobre a HF. Leve esta notícia ao seu médico. Espalhe que a HF é tratável, quanto mais cedo for diagnosticada, melhores são os resultados. A HF é familiar, passa de geração em geração, portanto todos precisam ser diagnosticados.

Ajude a aumentar a consciência sobre a HF entre as pessoas, médicos e autoridades da área da saúde!

Se você tiver HF, envie-nos um curto vídeo com a sua história e como é viver com HF.

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