Estudo prova que os inibidores PCSK9 reduzem significativamente a incidência de infarto do miocárdio em pacientes difíceis de serem tratados

Estudo prova que os inibidores PCSK9 reduzem significativamente a incidência de infarto do miocárdio em pacientes difíceis de serem tratados

O dia de São Patrício* nunca será o mesmo para mim ou para mais de 1,3 milhões de norte-americanos com hipercolesterolemia familiar (HF), uma doença genética que causa níveis bastante elevados de LDL colesterol, não relacionados à dieta, ou ao estilo de vida.

A razão é que hoje, 17 de março, evidência incontestável foi apresentada na reunião do American College of Cardiology, em Washington, D.C., que mostra que os pacientes com níveis sanguíneos de colesterol difíceis de serem controlados, e que são tratados agressivamente com medicamentos convencionais e com novos medicamentos, têm um risco significativamente menor de sofrerem um infarto do miocárdio.

*Santo padroeiro da Irlanda.

Este artigo foi publicado no site da FH Foundation em 17 de março de 2017.

Isto não parece ser uma grande revelação, mas o impacto do estudo para os que têm HF não é exagerado. Os resultados do ensaio clínico FOURIER, que envolve 27.000 pacientes, uma parte dos quais foi tratada com altas doses de estatina e pelo poderoso inibidor PCSK9 Repatha® da Amgen, provaram que, reduzindo o LDL colesterol a níveis previamente inéditos, diminui a incidência de infarto do miocárdio em pacientes de difícil tratamento.

Este achado tem um impacto indescritível sobre aqueles membros da comunidade HF, cujas famílias têm vivido com o espectro da morte precoce, causada por doenças cardiovasculares, por tanto tempo quanto qualquer de nós possa se lembrar. Esta mutação genética tem tido um impacto devastador em inúmeras famílias durante gerações, causando sofrimento e morte desenfreados. Os indivíduos com HF não tratados têm um risco 20 vezes maior de ter um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral (AVC), que ocorrem frequentemente entre a idade de 30 e 40 anos.

Embora muitos pacientes com HF possam controlar a sua doença com estatinas e outros medicamentos mais convencionais, há uma parte deles que, apesar dos tratamentos mais agressivos, não tem sido capaz, até agora, de diminuir o seu LDL colesterol aos níveis recomendados.

Stacey Lane escreve que “eu e minha família nos encaixamos nesta categoria, sendo por isso que hoje (17 de março) significa tanto para nós. Há mais de 50 anos, quando eu tinha apenas 6 anos de idade, eu fui diagnosticada com ‘altos níveis de colesterol, de origem familiar’, quando o meu pai teve o seu primeiro infarto do miocárdio aos 36 anos de idade. Infelizmente, naquela época, não havia tratamentos disponíveis e ele morreu logo depois. Todavia, no último meio século, eu tive a honra e o privilégio de surfar na onda dos avanços do conhecimento da HF e dos tratamentos que se seguiram. Mas, apesar do progresso e da eficácia dos medicamentos que foram desenvolvidos, apenas com a adição dos inibidores PCSK9 aos nossos esquemas de tratamento, os membros da minha família foram capazes atingir níveis considerados seguros para nós, que estávamos sob risco tão alto. Nós temos esperado e rezado para que os resultados do estudo, que hoje foram apresentados, finalmente retirassem essa nuvem negra de cima das nossas cabeças pelo resto da nossa vida”.

“E agora, nós podemos respirar. O ensaio clínico FOURIER provou que uma diminuição do colesterol através desse novo medicamento traduz-se numa diminuição do risco de infarto do miocárdio. Pela primeira vez em minha vida, eu tenho a expectativa de que vou envelhecer junto com meu marido, ver os meus filhos se tornarem adultos e, algum dia, conhecer os meus netos. E este é o motivo para erguer nossas taças no dia de São Patrício e brindar os esforços de incontáveis cientistas, pesquisadores e médicos, que tornaram isto possível, e que, potencialmente, mudaram o curso das vidas de milhões de pacientes com HF e todo o mundo. Saúde”!

Stacey Lane é Vice-Presidente da FH Foundation.

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Se você tiver colesterol LDL acima de 210 mg/dl e membros em sua família com infarto do miocárdio em idade inferior a 45 anos, entre em contato com o InCor pelo e-mail hipercolbrasil@incor.usp.br, enviando como anexo uma cópia ou foto do seu exame de colesterol junto com um número para contato telefônico. A Equipe do Hipercol Brasil entrará em contato com você!

Além do Hipercol Brasil, também a UNIFESP faz diagnóstico genético da HF: Endereço: Rua Loefgren, 1350. CEP - 04040-010. Fone: 11-55764961. E-mail para marcar coleta: waleria.toledo@gmail.com

Continue visitando o nosso site para aprender mais sobre a HF. Leve esta notícia ao seu médico. Espalhe que a HF é tratável, quanto mais cedo for diagnosticada, melhores são os resultados. A HF é familiar, passa de geração em geração, portanto todos precisam ser diagnosticados.

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